Foco

Há uma lenda que conta que existia uma famosa corredora grega que ganhava sempre, especialmente nas corridas regionais.

Era impressionante a agilidade da jovem porque a sua destreza superava a de todos os outros atletas que competiam, que começavam a se sentir aborrecidos.

Um dia, um deles planeou uma coisa para derrotar a sua rival na corrida o que aconteceria nos jogos olímpicos daquele ano.

Seria um investimento elevado, mas com a derrota da sua mais forte adversária, logo seria compensado com os prémios valiosos que iria receber.

Chegado o dia da corrida, ele levou para o estádio várias argolas de ouro.

Quando foi dado o sinal da partida, ele empenhou-se de tal forma até passar à frente da rival que no início sempre poupava as suas forças.

Uma vez à sua frente enquanto corria, o atleta deixava cair as argolas de ouro, uma por uma.

Fascinada pelo brilho intenso do metal e desejando tê-las nas suas mãos, a jovem corredora baixava-se para apanhar as argolas.

Enquanto isto, os companheiros que ela tinha deixado para trás aproximavam-se e o mentor desta armadilha já ia muito longe.

Quando a atleta percebeu o seu atraso, especialmente em relação ao da frente, já era tarde demais.

Reuniu todas as forças em reserva e conseguiu distanciar-se dos que vinham atrás de si, contudo não conseguiu alcançar aquele que passou à sua frente.

Perdeu o prêmio porque tirou os olhos da meta por ter abrandado para apanhar as argolas de ouro.

Em tudo o que diz respeito à nossa vida precisamos de foco, decidir o que queremos, quando e o quanto queremos.

Em muitos momentos da vida, o que conseguimos é o reflexo exato do quanto nos dedicamos.