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Apenas o que aceitares como teu será teu!

  • Foto do escritor: M Coach4You
    M Coach4You
  • 24 de ago. de 2018
  • 2 min de leitura

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Nos arredores de Tóquio, vivia um grande samurai (homem forte e sábio). Era idoso e dedicava-se a ensinar “zen” aos jovens. Apesar da idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.

Certa vez, um valente guerreiro, conhecido como homem sem escrúpulos, foi ter com ele. Era famoso por utilizar a técnica da provocação.

Esperava que o seu adversário fizesse o primeiro movimento. Dotado de uma inteligência privilegiada, observava-o e esperava que ele cometesse algum erro. Contratacava com uma velocidade fulminante. Jamais havia perdido uma luta.

Conhecendo a reputação do velho samurai, estava ali para o derrotar e assim aumentar a sua fama.

Os alunos do samurai procuravam dissuadir o mestre de aceitar o desafio, mas ele não lhes deu ouvidos e aceitou na mesma...

Foram para a praça da cidade. O jovem começou a insultar o velho. Atirou-lhe com

pedras, cuspiu-lhe na cara e gritou todos os insultos que conhecia.

Chegou até ao ponto de ofender os antepassados dele. Passou horas a provocá-lo.

O velho sábio permaneceu impassível. No final da tarde, o impetuoso guerreiro estava cansado e sentiu-se humilhado diante da falta de reacção do seu adversário. Desistiu e retirou-se.

Os alunos ficaram admirados com o mestre por ele ter aceitado tantos insultos e provocações sem se defender. Perguntaram-lhe:

– Porque não usou a sua espada?

Porque se mostrou cobarde e medroso diante de todos nós? Como pôde suportar tanta indignidade, mesmo sabendo que poderia perder a luta?

Com ar sereno e pacífico, o samurai respondeu com uma interrogação:

– Se alguém vier até vós com um presente e vós não o aceitardes, de quem fica a ser o presente?

– De quem tentou entregá-lo, respondeu um dos discípulos.

– O mesmo vale para a inveja, para a raiva e para os insultos, disse o mestre.

— Quando não os aceitamos, ficam a pertencer a quem os proferiu, neste caso ao meu adversário. A lição estava dada e os alunos aprenderam-na.

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