Ausência

Quantos de nós não nos ausentamos?!?

Reformulando, quantos de nós somos ausentes?!?

O ser humano é perito a justificar as suas ausências.

Algumas das justificações mais comuns que todos utilizaram ou utilizam vão desde as obrigações escolares, a carreira, o trabalho, o passado, o presente ou mesmo o futuro.

A ausência pode acontecer por opção, às vezes podemos precisar de dar uma parada nas nossas relações, sejam elas sentimentais, de pura amizade ou mesmo familiares.

A ausência pode acontecer por “imposição”, mas neste caso não será nossa, não será minha, não será tua.

A ausência pode ser apenas motivada por necessidade.

A ausência pode ser uma necessidade de fuga.

A ausência pode ser o alfa ou o ómega.

A ausência pode afinal não ser ausência.

A ausência pode ser irresponsabilidade ou pode ser a atitude mais responsável.

A ausência não se mede.

A amizade não se mede.

A proximidade não se mede.

A ausência afinal pode ser tudo isto, amizade, proximidade, amor, responsabilidade e afinal traz tanta infelicidade.

A ausência se acompanhada por falta de diálogo ou por verbalização do que cegamente supusemos ser uma escolha acertada é difícil de ser reparada.

A ausência afinal pode não ser ausência.

A ausência afinal pode não ser mais do que sobrevivência.

A ausência afinal pode não ser mais do que a própria ausência.

Mas a ausência pode ser mais do que ausência, pode ser presença inusitada.