NO PAIN, NO GAIN!!!
- M Coach4You
- 9 de mai. de 2018
- 3 min de leitura

Ouve-se falar muito sobre a boa forma física e saúde. Existiu uma crescente procura de ginásios e personal trainers para um resultado mais rápido acompanhado por um especialista.
Cresce uma esperança de que as pessoas estejam mais preocupadas com saúde hoje, porém a realidade é que a preocupação é mais estética.
Nesse ambiente é muito comum alguém dizer “no pain, no gain“.
Essa frase é uma realidade pelo facto não só do esforço em ir ao ginásio reservando tempo e ainda pagando para “sofrer”, mas pela forma como o nosso corpo trabalha pra se modificar, fazendo exercícios que ele não está habituado, causando assim o crescimento e perda de peso. Então a consequência disso é muita dor!
Deixando o assunto fitness de lado, o facto é que esta frase aplica-se à vida terrena. O nosso maior equívoco é julgar a dor como uma coisa má e o bem-estar como uma coisa boa.
Se parar para pensar, todos os erros, as angústias, medos e incómodos fazem-no crescer muito mais do que os momentos de prazer.
Da mesma forma que as atividades físicas, o ser humano precisa sair da passividade, da comodidade. O ‘bom’ é que ele não precisa de procurar, basta viver. A dor impulsiona-nos para a mudança.
Quem está vivo e consciente dos seus actos sofre. Sofre por alguém, sofre por si mesmo. Sofre pela injustiça que reflete a fome, a pobreza, a corrupção e a violência. Isso é lucidez. Loucura é não sentir nada ou sentir tudo. O motivo de se sentir assim é para não continuar da mesma maneira e fazer alguma coisa.
Voltando ao exemplo do exercício, apenas o acto de fazer exercício não é por si garantia de bons resultados. É preciso fazer esse exercício da forma correcta. O sofrimento em si não trás ganho, mas aprender com ele sim.
O que muito se anuncia é a fuga da dor, dos problemas. Quem afinal não quer viver sem dor? Porém, a ausência de dor priva-nos da melhor, e talvez a única forma de aprender a viver e ser alguém melhor.
Uma belíssima metáfora é encontrada facilmente na internet, ‘Tubarão no Tanque’. Nela aprendemos com os japoneses ensinamentos inestimáveis e remete-nos para uma profunda reflexão sobre o nosso comportamento no dia a dia diante da dor. Vamos a ela:
A superação é a resposta de uma luta que travou. “Quem diria que eu estaria assim hoje” é o que alguém diz ao passar vitorioso por um processo de sofrimento.
Muitas vezes não conseguimos entender e até perguntamos porque é que temos que passar por certas situações na nossa vida. Uma vez, li num jornal na coluna de opinião uma pequena fábula que reproduzo aqui, com algumas adaptações que poderá ajudar-nos a perceber o sentido dessa lição:
“Um dia, uma pequena abertura apareceu num casulo. Um homem sentou-se e observou a borboleta ao longo de várias e o que ela se esforçava para fazer com que o seu corpo passasse através daquele pequeno buraco. A dada altura pareceu que ela parou de fazer qualquer progresso. Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia avançar.
Então o homem decidiu ajudar a borboleta, pegou numa tesoura e cortou o casulo. A borboleta então saiu facilmente. Mas o seu corpo era pequeno e tinha as asas amassadas. O homem continuou a observar a borboleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo.
Nada aconteceu. Na realidade, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com um corpo pequeno e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar. O que o homem com a vontade de ajudar, não compreendia é que era o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura o modo com que a natureza fazia com que o fluido do corpo da borboleta fosse para as suas asas de modo que ela estaria pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo.”
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